Número 1 do ranking mundial, o tenista Novak Djokovic pode ficar fora do Aberto da Austrália, no qual é o atual campeão e levantou o troféu nove vezes. O sérvio teve o visto cancelado pelo governo da Austrália pela segunda vez e pode ser deportado. O anúncio foi feito pelo ministro da imigração australiana, Alex Hawke, através de declaração divulgada nesta sexta-feira (14). Os advogados do atleta tentam reverter a decisão.
"Hoje eu exerci meu poder sob a seção 133C(3) da Lei de Migração para cancelar o visto detido pelo senhor Novak Djokovic por motivos de saúde e ordem, com base no interesse público de fazê-lo", diz um trecho do comunicado.
De acordo com o ministro, a decisão foi tomada com base em informações fornecidas pelo Departamento de Assuntos Internos do país, pela Força de Fronteira Australiana e pelo tenista. Também nesta sexta, o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, disse que o cancelamento do visto do sérvio foi de "interesse público" e destacou os sacrifícios feitos pela população australiana durante a pandemia do novo coronavírus.
"Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam que o resultado desses sacrifícios seja protegido", afirmou.
Djokovic chegou na Austrália no último dia 5 e foi barrado na imigração por não comprovar que tomou ou não a vacina contra a Covid-19. Após ficar detido num hotel em Melbourne, a Justiça aceitou seu recurso e ele foi liberado. Com uma isenção especial concedida pelos organizadores, ele está inscrito para disputar o Aberto da Austrália, que começa na próxima segunda (17) e vai até 30 de janeiro. O sérvio foi sorteado para estrear contra o compatriota Miomir Kecmanovic, número 78 do ranking.