Uma semana antes do 1º BA-VI do ano muito se falava. O Bahia, com investimento em reforços na casa dos R$ 50 milhões, era o favorito para o confronto. Restava ao Vitória competir mais e isso aconteceu. O 3 a 2 para o rubro-negro no final da partida premiou quem mais jogou. Com volume e variação de jogadas, o Vitória apertou o Bahia e criou mais chances perigosas.
Uma vitória do coletivo e comissão técnica, que empurradas por mais de 30 mil torcedores no Barradão, entenderam o que deveria ter feito para vencer o jogo. Léo Condé apostou na escalação que jogou na maioria das vezes no ano.
Os destaques individuais do time foram Dudu (um pitbull em campo), Matheuzinho (o responsável pela criação de jogadas), Osvaldo (o melhor em campo) e Alerrando (quem decidiu). Só que após uma vitória da forma que aconteceu, seria até injusto apontar apenas quatro destaques. No geral, todos foram bem, inclusive o atacante Matheus Gonçalves, que entrou no segundo tempo e foi importantíssimo para a virada rubro-negra.
Ao Bahia fica o questionamento sobre a atuação ruim. Fora das características apresentadas nas outras partidas, pouco ameaçou Muriel. Fora os lances dos gols, originados por falhas defensivas rubro-negras (um contra-ataque e um lance de cruzamento na área), o Tricolor só chegou em duas perigosas cobranças de faltas.
O meio-campo com Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro não se encontrou. Pouco marcou e criou. Gilberto voltou a se mostrar frágil na marcação. Não foram poucas as vezes que Matheus Gonçalves passou por ele no segundo tempo.
O goleiro Adriel também falhou em dois gols do Leão. Rezende e Jean Lucas foram expulsos em momentos decisivos na partida. Na quinta-feira (15), precisava ter escalado mesmo o meio-campo titular contra o América-RN? Ainda no primeiro tempo o time mostrou que estava cansado e não conseguiu competir.
O time sem um volante de marcação fica exposto? A zaga com Kanu e David Duarte é lenta contra um ataque veloz igual ao do Vitória? Os questionamentos estão aí… Na entrevista após o jogo, Rogério Ceni até admitiu a superioridade rubro-negra no clássico. Agora tem que solucionar os problemas que a equipe dele apresentou.
Mas o clássico entregou um pouco de tudo. Cinco gols, duas viradas, discussões, cartões amarelos, expulsões e emoção do início ao fim. Assim como na Bahia o ano só começa após o carnaval. No futebol, após o primeiro BA-VI, começou a temporada para os times baianos.