Segundo a LCA consultores, que tem base no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2023 o Brasil registrou recorde de demissões voluntárias. Dos quase 22 milhões de desligamentos, 34% foram iniciativa do trabalhador em “pedir as contas”. A pesquisa mostra que Santa Catarina e Mato Grosso do Sul foram os estados com o maior número de pedidos de demissão, enquanto a Bahia e Pernambuco aparecem no outro extremo com menor taxa. Em comparação a 2022, por exemplo, houve um aumento de 7,9% das demissões voluntárias no país.
O levantamento feito pela LCA consultores, revela que esse movimento é maior nos estados em que a oferta de emprego aumentou. Em contrapartida, nos estados onde houve menor oferta de vagas ou estagnação, o número de demissões voluntárias é menor.
A pesquisa ainda aponta que a maior parte das pessoas que pede demissão, tem algum tipo de pós-graduação. Outro dado curioso é que a geração Z (jovens entre 18 e 29 anos) é a que mais solicita o desligamento de forma voluntária.
Alguns especialistas apontam que essas demissões voluntárias têm a ver com a diminuição do desemprego no Brasil. Uma vez que a taxa caiu para 7,8% em 2023. Essa é a menor taxa desde 2014.
No fim das contas todos esses dados revelam, também, a desigualdade em oportunidades nesse país de dimensões continentais. Onde há maior número de demissões voluntárias é justamente onde há mais ofertas de vagas. Nos estados onde a empregabilidade é menor esse movimento fica mais restrito.
Outra análise importante é que os pedidos de demissão acontecem mais entre aqueles que tiveram a oportunidade de se capacitar melhor para o mercado de trabalho, o que parece impulsionar o “poder de escolha”.
Algumas dicas para quem está pensando em pedir demissão:
O importante antes de pedir demissão é avaliar o mercado. Portanto, se você pensa em fazê-lo, pesquise, planeje-se e prepare-se.
Entenda se as qualificações que você tem atendem às exigências de cargos e funções solicitadas por outras empresas.
Não meta os pés pelas mãos e não se iluda com falsas promessas. Nos estados onde o número de vagas é mais restrito a competitividade é maior.
