A prisão da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra na Operação Integration, que investiga a lavagem de dinheiro e jogos de azar no Brasil, continua gerando polêmica. Desta vez, foi a confirmação de que as irmãs da blogueira estavam pagando pessoas para que elas ficassem na frente do presídio.

As informações são do jornalista Ricardo Antunes. De acordo com o profissional, o desembargador que negou o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa da blogueira, citou ainda a falta de respeito com a Justiça do Estado a situação promovida por Dayanne e Danielle Bezerra.

"Gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso", diz um trecho da decisão, que pontua ainda que "familiares da Paciente [Deolane] estão financiando [pagando] as manifestações em frente ao cárcere".

A decisão ainda traz a crítica a tentativa de manipulação da mídia no caso. Na web, um vídeo de uma das irmãs de Deolane entregando dinheiro a pessoas que estavam na porta da prisão chegou a viralizar.

"Vejo, especialmente, como gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso, que procura apurar condutas que podem estar na base de crimes de gigantesca monta contra o Estado e a sociedade [...] Essa tentativa de mobilização da população contra as investigações em cursos fica ainda mais evidente quando a imprensa noticiou que familiares da paciente estão financiando as manifestações em frente ao cárcere, como se pode ler em vários sites de notícias hoje consultados."

RETORNO DE DEOLANE PARA PRISÃO

Deolane Bezerra voltou a ser presa após descumprir as medidas cautelares determinadas pela Justiça e se comunicar com a imprensa nos primeiros minutos após deixar a cadeia.

A influenciadora está detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, a 280 km do Recife, onde está isolada em uma cela devido ao fato do caso da blogueira ser de grande comoção. 

Na quarta, a equipe de advogados que representa a influenciadora entrou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, para tentar a liberação de Solange Bezerra, após o primeiro pedido feito à Justiça de Pernambuco ter sido negado.