Cauã Reymond (45) fez um relato comovente durante participação no Altas Horas, que foi ao ar no último sábado, 24. O galã relembrou momentos difíceis da infância e confessou que sua mãeDenise Marques, falecida em 2019, convivia com o vírus do HIV.O intérprete de César, no remake deVale Tudo, revelou que sofreu bullying quando criança.
"Eu sofri muito bullying, minha mãe era HIV positivo, minha vó adotou minha mãe, era mãe solteira e deficiente física e a minha tia, que também foi adotada também, era esquizofrênica, eu sofria muito bullying na rua, porque meu pai morava em Santa Catarina então não tinha ali uma figurina masculina e eu sei que é difícil quando as pessoas olham para mim hoje, eu tive uma infância, muito, muito difícil, muito rica também, que me ajuda a contar histórias", disse ele.
Para saber mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista o Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista formado pela Faculdade de Medicina da USP, que fala sobre o HIV e estigma que muitos pacientes sofrem.
Segundo o Dr. Igor Maia Marinho, o HIV é o vírus da imunodeficiência humana. Ele ataca o sistema imunológico, especialmente células de defesa chamadas linfócitos CD4, responsáveis por proteger nosso corpo contra infecções.
"Com o tempo, se não tratado, o HIV pode enfraquecer tanto a imunidade que surgem doenças oportunistas, caracterizando a fase chamada de AIDS", esclarece. O infectologista reforça que conviver com o vírus do HIV é muito diferente do que ter a doença AIDS: "Em pacientes em tratamento adequado ou no início do quadro, podem não haver sintomas. São coisas diferentes".
Tratamento rápido salva vidas!
O Dr. Igor Maia Marinho relembra que ainda não existem tratamentos capazes de eliminar por completo do vírus do corpo, mas com os avanços da medicina, hoje uma pessoa consegue conviver com o HIV e ter uma ótima qualidade de vida.
"Pessoas que vivem com HIV, diagnosticadas precocemente e que fazem tratamento adequado, têm uma expectativa de vida praticamente igual à de quem não tem HIV, com ótima qualidade de vida, podendo trabalhar, ter filhos, estudar, praticar esportes e realizar qualquer sonho", reforça.
A mair luta é contra o preconceito
Segundo o Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS, lançado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 64,1% das pessoas entrevistadas relataram já sofreram alguma forma discriminação por viverem com HIV ou com AIDS. O Dr. Igor esclarece.
"O estigma ainda existe de forma muito significativa e traz muito sofrimento para quem vive com o vírus e para seus familiares. Isso vem de uma época em que o HIV era associado à morte e a julgamentos morais, o que não faz nenhum sentido atualmente. Quebrar esse tabu é um dever de todos nós", finaliza o infectologista.
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