Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado
Por Paulo Dourado
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, nesta segunda-feira (9), que a acusação de planejar o golpe de Estado contra os acusados é verídica. Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele garantiu que "presenciou grande parte dos fatos, mas não participou deles".
Ele é o primeiro dos oito acusados de integrarem o "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado tentado em 2022. O depoimento é prestado na 1ª Turma do STF, sob presidência do ministro Alexandre de Moraes.
O tenente-coronel explicou um pouco sobre uma das partes da minuta do golpe.
"Foi levado documento ao presidente, primeira parte considerando, listavam as possíveis interferências do STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral] no governo e nas eleições, e outra parte entrava em estado de defesa, sítio, prisão, autoridades e conselho eleitoral para refazer as eleições, algo parecido", disse ele.
O tenente-coronel também garantiu que teve acesso ao documento, apresentado pelo assessor Felipe Martins, e declarou que o documento foi alterado por ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), onde colocaria apenas o relator do caso, Alexandre de Moraes, preso após o golpe.
"Leu, enxugou documento, apenas o senhor [Alexandre de Moraes] ficaria como preso", falou Mauro Cid