Os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Camilo Santana, anunciaram um conjunto de medidas que visam o acompanhamento estratégico nos cursos de medicina que registraram baixo desempenho no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). O certame vai ocorrer no mês de outubro deste ano.
As provas vão contar com mais de 96 mil pessoas inscritas, quase três vezes mais que na última edição. Estudantes concluintes dos cursos de graduação em medicina (6ºano) têm obrigatoriedade na participação no exame. Pela primeira vez eles vão compor a seleção para programas de residência através do Enare.
Segundo o Governo Federal, o MEC vai utilizar os resultados do Enamed para subsidiar uma supervisão estratégica a partir de 2026. Todos os cursos com desempenho abaixo do esperado no Enamed 2025 (faixas 1 e 2 do indicador — que vai de 1 a 5) entrarão em supervisão.
Se ocorrer episódios do tipo, as instituições serão convocadas a prestar esclarecimentos e não vão conseguir ampliar vagas do curso e terão os novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) suspensos. Além disso, outras medidas serão aplicadas, a exemplo, da suspensão da participação do curso no Programa Universidade para Todos (Prouni); suspensão da participação do curso em outros programas federais de acesso ao ensino superior; redução de vagas para ingresso (específico para os cursos nota 2) e suspensão de ingresso de novos estudantes (específico para os cursos nota 1)
“Nós estamos muito animados com as medidas que estão sendo anunciadas. Vamos atuar juntos para garantir que elas aconteçam e apoiar no que for preciso”, afirmou. O Ministro da Saúde também enfatizou a aprovação das novas Diretrizes Currículares do Curso de Graduação em Medicina. "Trata-se de um marco histórico para a formação médica no Brasil. Um alinhamento da educação médica às necessidades reais da população, ao fortalecimento do SUS e aos desafios contemporâneos, como inovações tecnológicas, mudanças climáticas e promoção da equidade", disse o ministro da saúde, Alexandre Padilha.
De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana uma averiguação será efetuada de uma forma mais rigorosa nos cursos de medicina.
“Vamos fazer uma fiscalização, uma supervisão rigorosa dos cursos de medicina neste país, para garantir a qualidade desses cursos”, pontuou o ministro da Educação, Camilo Santana. “Estamos tratando da formação de profissionais que cuidam da vida das pessoas e dos brasileiros. Por isso, queremos garantir qualidade e excelência na formação de médicos. Esse é o objetivo de todas as ações que nós estamos tomando aqui, conjuntamente com o Ministério da Saúde".