Por Meio news
O sistema que transformou a forma como os brasileiros lidam com o dinheiro tem sotaque nordestino. O Pix, que revolucionou as transações financeiras no país e virou parte da rotina de milhões de pessoas, nasceu também do trabalho de um cearense: Ângelo José Mont’Alverne Duarte, natural de Sobral, uma das mentes por trás da ferramenta criada pelo Banco Central do Brasil.
Engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e doutor em Economia pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Ângelo atua desde 2019 como chefe do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central. É dali que ele ajuda a desenhar políticas e inovações que tornaram o sistema financeiro mais acessível, rápido e seguro para todos os brasileiros.
Sua trajetória é marcada por um equilíbrio raro entre técnica e propósito público. Filho da sobralense Vanessa e neto do médico Dr. Guarany Mont’Alverne, um dos pioneiros da medicina na região Norte do Ceará, Ângelo cresceu em um ambiente que valorizava o conhecimento e o compromisso social. Esse mesmo espírito o guiou na missão de democratizar o acesso aos meios de pagamento no Brasil.
Os números mostram o impacto dessa revolução. Somente em 2024, o Pix movimentou R$ 26 trilhões em mais de 60 bilhões de operações, consolidando-se como um dos maiores e mais eficientes sistemas de pagamento do mundo. Um feito que coloca o Brasil na vanguarda da inovação financeira global.
O reconhecimento do trabalho de Ângelo vem de diferentes frentes. Em uma publicação no LinkedIn, o ex-reitor do ITA, Anderson Correia, destacou a importância de seu papel: “Ter um engenheiro do ITA dirigindo o departamento do Banco Central responsável pelo Pix faz uma enorme diferença ao país”.
Hoje, a cada transferência instantânea feita em poucos segundos, há um lembrete silencioso do talento brasileiro — e, principalmente, do talento nordestino. O Pix é mais do que uma tecnologia: é um símbolo de como a inovação também pode nascer com sotaque, de Sobral para o mundo.
