Após cinco meses preso preventivamente no Paraguai suspeito de uso de documentos falsos, Ronaldinho Gaúcho pode estar próximo de ser solto e retornar ao Brasil. O Ministério Público concluiu nesta semana as investigações sobre o caso e decidiu que não vai apresentar nova denúncia contra o ex-jogador e seu irmão, Roberto Assis, que estão em prisão domiciliar em Assunção.
A volta dos irmãos ao Brasil deve acontecer após uma audiência com o juiz do caso, segundo o "ge". Ainda não há data para a sessão.
– Foi reconhecido pelo Ministério Público que inexiste crime de natureza financeira ou correlato em relação ao Ronaldo e ao Roberto. Após cinco longos meses, restou demonstrado exatamente o que se defendeu desde início: a utilização de documentos públicos adulterados sem o conhecimento dos defendidos – explicou Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho e Assis, em entrevista ao "ge".
Entenda o caso
O ex-astro do Barcelona e da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto Assis, foram detidos pela polícia do Paraguai sob acusação de ter entrado no país usando supostos passaportes adulterados.
Euclides Acevedo, ministro do Interior do Paraguai, informou que investigadores entraram na suíte presidencial do Hotel Yacht y Golf Club, onde Ronaldinho estava hospedado, e encontraram dois passaportes adulterados. Um estava em nome do ex-jogador e o outro no do irmão.
Ronaldinho chegou ao Paraguai na quarta-feira para o lançamento do seu livro "Gênio da vida" e participaria do lançamento de um programa social destinado a crianças organizado pela Fundação Fraternidade Angelical.
Ronaldinho Gaúcho responsabilizou o empresário Wilmondes Sousa Lira, de 45 anos, que o representa no país vizinho, por portar o documento adulterado. Tanto o craque quanto o irmão e agente dele, Ronaldo de Assis Moreira, foram levados pelos agentes.
Atualmente, os irmãos cumprem prisão domiciliar em um hotel de luxo em Assunção apos passarem 32 dias na penitenciária.