O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e outras dez pessoas pelo incêndio no Ninho do Urubu. Entre elas, dois funcionários que ainda estão no clube. Carlos Noval, gerente de transição do futebol, e Marcus Vinicius Medeiros, que era monitor da base.
A reportagem procurou Bandeira e Noval, mas não teve retorno. O clube se manifestou em nota.
"O Flamengo está acompanhando o processo judicial envolvendo a eventual responsabilização criminal pelo incêndio do Ninho do Urubu e tomou conhecimento do oferecimento da denúncia pelo MP. O clube está à disposição da Justiça, como sempre esteve, e acredita que será feita justiça. O clube prefere não se manifestar sobre o mérito, haja vista sua plena confiança na Justiça", diz o comunicado.
Se aceita a alegação, todos serão enquadrados pelo crime de incêndio culposo resultando em morte e lesão corporal grave. A tragédia, que vitimou dez atletas das categorias de base do rubro-negro, está perto de completar dois anos.
O EXTRA teve acesso a íntegra da ação criminal, que conta com 60 páginas e corre na 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. As penas previstas estão nos artigos 250 e 258 do Código Penal, de 1 ano e 4 meses a 4 anos de detenção, com aumento de pena de um sexto até a metade, em razão do concurso formal.
Os denunciados pelo MPRJ:
- Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo entre 2013-2015 e entre 2016-2018
- Antonio Marcio Mongelli Garotti
- Carlos Renato Mamede Noval
- Claudia Pereira Rodrigues
- Danilo da Silva Duarte
- Edson Colman da Silva
- Fabio Hilario da Silva
- Luiz Felipe de Almeida Pondé
- Marcelo Maia de Sá
- Marcus Vinícius Medeiros
- Weslley Gimenes.