Giselle de Almeida
Alvo de ofensas racistas e fake news, Maju Coutinho falou sobre os constantes ataques que sofre nas redes sociais. Em entrevista ao jornal "O Globo" publicada neste domingo (11), a âncora do "Jornal Hoje" comentou como se sente em relação às críticas.
“Eu me sinto às vezes em um looping em que não tenho muito sossego”, afirmou a jornalista.
Na cobertura da pandemia, a apresentadora se desculpou após argumentar sobre a necessidade de isolamento social para conter a crise e dizer a expressão "o choro é livre". "Eu não estava de maneira nenhuma querendo me referir às pessoas que têm que sair para trabalhar, aos milhares de brasileiros que estão passando necessidade, que não recebem auxílio", explicou.
Sobre fotos antigas em que ela aparece na praia sem máscara e que voltam a circular como se fossem atuais, ela trata com bom humor. "Gente, eu sou sustentável, mas há três anos que apareço com o mesmo biquíni!", brincou.
Racismo, no entanto, é um assunto que ela trata com a seriedade merecida. Ela já levou as ofensas por motivações raciais para a Justiça e se saiu vitoriosa. "Para quem está acostumado a sofrer racismo desde pequena, apesar de ser uma coisa horrorosa não é algo que derrube, porque você já está meio com a casca dura de levar no lombo. Não significa que eu não sofra", contou.
Maju relata que precisou enfrentar o preconceito desde a infância. Uma situação marcante foi um bilhete recebido durante um amigo secreto que dizia: "Por que você não passa um condicionador nesse cabelo?". "São essas coisas que fazem parte do racismo estrutural e que podem minar a confiança, a autoestima", avaliou.