Após um longo imbróglio, a Justiça destravou a herança do cantor e compositor baiano João Gilberto, morto em 2019 (clique aqui). De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no O Globo, o Desembargador Adolpho Correa de Andrade Mello Junior, da 9º Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decidiu pela transferência integral de cerca de R$ 18 milhões, que estava depositado em juízo, para o espólio do artista, "resguardando o direito dos herdeiros, incluindo a caçula e menor de idade".
O valor em questão foi depositado pela Universal Music, que incorporou a gravadora EMI, diante da falta de acordo em um processo movido pelo músico em 1997. A ação envolvia a disputa dos direitos autorais dos três primeiros discos de João Gilberto, "Chega de saudade" (1959), "O Amor, o sorriso e a flor" (1960) e "João Gilberto" (1961).
Com a decisão da Justiça de destinar os cerca de R$ 18 milhões para o espólio, os credores do artista saíram no prejuízo. Segundo a coluna, só a casa de show Tom Brasil, teria R$ 859.601,79 para receber, referente ao cancelamento de dois shows em 2011.