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Afinal de contas, o que não pode ser ingerido no período de vacinação?
20/01/2022 08:57 em Saúde

por Erem Carla

O Brasil já completou 1 ano de vacinação contra a Covid-19, mas as dúvidas em relação às recomendações do antes e pós-vacina continuam permeando os brasileiros. Prova disso é que, de acordo com o Google, a pergunta mais realizada pelos brasileiros na plataforma no último ano foi: “Pode beber depois da vacina?”

 

Para esclarecer de uma vez por todas o que pode ou não ser ingerido nesse processo de vacinação, e não só contra a Covid-19, o Bahia Notícias conversou com a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura. 

 

Para alívio dos que apreciam uma cervejinha, vacinar não é sinônimo de cortar a bebida alcoólica por longos períodos. 

 

Viviane explica que não há estudos que comprovem a proibição quanto ao consumo de bebida alcoólica antes ou depois da aplicação da dose, porém, o uso excessivo pode afetar mecanismos imunológicos de defesa, como a produção de anticorpos, e interferir na proteção tanto para Covid-19, como para outras doenças.

 

O mesmo se estende para fumantes. “Não existe estudo avaliando efeito do cigarro na resposta à vacina. Entretanto, fumantes crônicos estão sob maior risco de desenvolver formas graves da doença”, explica a pesquisadora. 

 

Quanto a aqueles que fazem o uso de medicamentos, deve-se manter a rotina dos remédios mesmo no dia escolhido para a imunização, com exceção das pessoas que usam substâncias imunossupressoras.

 

“(Essas pessoas) Devem consultar seu médico para melhor orientação de como proceder. A vacina está indicada para esse grupo e é muito importante. Mas seu efeito pode ser reduzido por medicamentos imunossupressores”, conta Viviane.

 

A vacinação contra a Covid-19 só não é recomendada para aqueles que apresentaram sintomas gripais ou tenham sido diagnosticados com Covid-19 há menos de 30 dias. Ao passar esse período, a imunização pode ser feita normalmente. 

 

“As vacinas para Covid-19 são seguras e têm papel importante de evitar o agravamento da doença. Mas é preciso usar o esquema completo, com três doses. Também é necessário manter os cuidados de sempre, inclusive nas filas de vacinação: o uso de máscaras de boa qualidade, como cirúrgicas e N95, e de forma correta, cobrindo a boca e o nariz, além do distanciamento, são medidas indispensáveis nesse momento em que temos a ampla circulação de uma variante altamente transmissível como a Ômicron”, orienta a pesquisadora

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