A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo propôs uma audiência de reconciliação entre o filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PL/RJ) e a cantora baiana Daniela Mercury, que entrou com uma queixa-crime contra o deputado por difamação. A jurista solicitou que, antes do encontro, o STF notifique o parlamentar para que ele se pronuncie em 15 dias.

A vice-procuradora afirma que “inobservância desse dispositivo pode dar causa à nulidade do processo". Lindôra acredita que a competência para julgar o caso é do Supremo. A jurista avaliou que o suposto delito foi cometido no exercício do cargo de deputado, motivo pelo qual Eduardo Bolsonaro teria direito à imunidade parlamentar.

Daniela processou o parlamentar por conta de uma publicação do deputado em suas redes sociais, na ocasião, a cantora estaria chamando Jesus Cristo de “muito gay” e “muito bicha”. Contudo, segundo a artista, no vídeo em questão ela na verdade falava de Renato Russo, que era seu amigo.

A queixa-crime está sob relatoria do ministro do STF, Nunes Marques, que foi indicado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PL), pai do deputado. Caso o Supremo não designe uma audiência de reconciliação, Lindôra deve se pronunciar sobre o caso.