Segundo a assessoria de comunicação do Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR) e das Obras Sociais Mansão do Caminho, entidades que Divaldo representa, a infecção é uma consequência do uso de cateter durante o tratamento oncológico. O médium precisou do dispositivo enquanto passava por sessões de radioterapia, associadas a doses de quimioterapia, para tratar um câncer na bexiga, diagnosticado em novembro.
Apesar disso, as entidades ressaltam que o estado de saúde dele é estável, "já em fase de autorização para alta médica com continuação das medicações em home care". No entanto, não há previsão de alta para o médium ainda nesta terça-feira (4).
Retorno às atividades
A internação ocorreu apenas uma semana depois de Divaldo retomar suas atividades. No dia 25, ele havia proferido uma palestra no Cenáculo do Centro Espírita.
Ao divulgar a informação, a assessoria da entidade ressaltou que ele estava "em bom estado, disposto e animado". Os compromissos seguintes seriam retomados gradualmente, conforme as orientações médicas.
Tratamento de Divaldo Franco contra o câncer
Divaldo Franco iniciou o tratamento para o câncer na bexiga no dia 2 de dezembro. Na ocasião, o Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR) e as Obras Sociais Mansão do Caminho informaram que a primeira fase do tratamento seria realizada no ambulatório do Hospital Santa Izabel, em Salvador, sem a necessidade de internação.
Nos 20 dias úteis seguintes, Divaldo passou por sessões de radioterapia, combinadas com pequenas doses de quimioterapia, aplicadas em dias alternados. Durante esse período, ele também recebeu acompanhamento de nutricionista e fisioterapeuta.
O câncer foi diagnosticado em estágio inicial após exames. O médium foi internado no Hospital São Rafael, em Salvador, após sentir desconfortos urinários. Ele passou nove dias internado, utilizando sonda urinária, e recebeu alta em 25 de novembro, retornando para sua residência no bairro de Pau da Lima.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), homens brancos e com idade avançada, como Divaldo, fazem parte do grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de tumor. A prevenção inclui não fumar — o tabagismo triplica o risco de câncer de bexiga — e evitar a exposição a derivados do petróleo, como tintas.
O Inca destaca que sintomas como sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, sem êxito, são sinais da doença. Pacientes que desenvolvem esses sintomas devem ser submetidos a exames para detectar ou descartar a presença de tumor.
Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento segue e é variável, de acordo com o grau da doença. As possibilidades são cirurgia, radioterapia e quimioterapia — opção adotada pelos médicos que cuidam do baiano. Os procedimentos podem ser feitos de modo isolado ou associados.