Ainda sem vacina, o governo federal já definiu que profissionais de saúde e idosos acima de 75 anos estão no primeiro grupo a ser vacinado contra Covid-19. O plano preliminar de imunização do Ministério da Saúde prevê a aplicação da vacina em quatro fases e um contingente de 109,5 milhões de brasileiros imunizados em duas doses. A imunização de grupos prioritários será feita conforme a disponibilidade do produto.
A expectativa é começar a imunização em março. Mas isso dependerá da aprovação de uma vacina pela Anvisa. A primeira fase deve incluir, além das pessoas acima de 75 anos e profissionais de saúde, a população indígena e residentes de asilos e instituições de longa permanência acima de 60. (Veja abaixo as fases.)
Não foi divulgado cronograma. A pasta apresentou um plano geral, mas que leva em consideração as especificidades das vacinas em fase final de desenvolvimento, como a desenvolvida por Oxford em parceria com a AstraZeneca, além de duas das nove que compõem o consórcio Covax Facility.
O Ministério da Saúde não definiu ainda a quantidade de insumos (como seringas) e salas de vacinação necessárias. O argumento é que esses pontos dependerão da quantidade de doses disponibilizadas ao país. Atualmente, o Ministério diz contar com de 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford e 42,5 milhões do Covax.
A pasta afirmou que está no “processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional”. Um edital de compra deve ser lançado na semana que vem.
A pasta definiu os grupos prioritários a partir de orientação da Organização Mundial de Saúde. A definição de quem será imunizado antes ainda pode mudar, de acordo com a pasta.
— É um grande desafio que temos pela frente. Mas temos capacidade técnica, tempo, expertise e pessoas com vontade — disse o ministro Eduardo Pazuello na reunião com técnicos.