Rio e São Paulo O Brasil terá a possibilidade de acelerar a campanha de imunização contra a Covid-19 em março. Com a expectativa de entrega de vacinas prontas e a chegada da China de três remessas do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) — a matéria-prima dos imunizantes — da CoronaVac, destinada ao Instituto Butantan, e da AstraZeneca/Oxford, que vai para a Fiocruz, o Brasil vai garantir até 48,8 milhões de novas doses até o início do mês que vem. Este total é mais de quatro vezes maior do que as 12,1 milhões de doses que já foram entregues ao Ministério da Saúde desde 18 de janeiro. A promessa é de que 32,6 milhões delas estejam disponíveis para distribuição aos estados ainda em fevereiro.Serão 17,3 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac a serem produzidas a partir das remessas do IFA que chegarão neste mês. Da vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford serão 31,5 milhões de doses: 7,5 milhões produzidas com o IFA que está para chegar; 10 milhões que serão importadas do Instituto Serum, da Índia, e até 14 milhões que serão entregues pela Covax Facility, coalizão global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No momento, todos os estados brasileiros já estão distribuindo um total de 12,1 milhões de doses de CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford. Para esta quarta-feira (3), está prevista a chegada de uma carga da Sinovac a São Paulo. O prazo havia sido antecipado pelo presidente do Butantan, Dimas Covas, na semana passada. No domingo, o material já se encontrava no Aeroporto de Pequim. São 5.400 litros do IFA da CoronaVac, o suficiente para produzir 8,6 milhões de doses.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou em entrevista coletiva que a China liberou mais 5.600 litros dos insumos da vacina da Sinovac. A quantidade possibilitará a produção de outras 8,7 milhões de doses, segundo Doria. A entrega deste lote do IFA será no próximo dia 10.