O batarista de Legião Urbana, Marcelo Bonfá, quebrou o silêncio sobre o processo que corre na justça com Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo. O comunicado oficial foi divulgado na última segunda-feira (22), em nome dele e do guiterrista Dado Villa Lobos. O processo acaba de chegar no STJ e terá como decidido o direito de uso do nome da banda.
"Não foi fácil fazer esse comunicado. Explicar o óbvio pode ser mais difícil do que parece. Foi muito trabalhoso chegar a esse resultado. Para eu falar dessas questões, tive que futricar um monte de coisas da minha vida. Tantas mentiras e tantas bobagens foram ditas por pessoas por aí. Aí eu tive que engolir numa boa. A gente esta com uma defesa jurídica muito sã", disse Bonfá, em entrevista à rádio "Kiss FM".
Durante a conversa, Marcelo Bonfá deixou claro que "não quer falar mal de ninguém", mas afirmou que o outro lado "nunca esteve aberto para o diálogo".
"O juiz da instância do Rio de Janeiro chamou a gente, ele queria ouvir a mim e ao Dado. Ele (Giuliano Manfredini) não foi e mandou dois advogados. O que eles alegavam é que a gente não sabia administrar nosso legado", afirmou.
"Eu disse: 'Cara, a parada é a seguinte. Depois que o Renato faleceu, a gente tem um catálogo e está tudo neste catálogo. Quem quer conhecer nosso trabalho, tem os discos'. Os caras registraram o nome da Legião em tudo que é tipo de quinquilharia, de produto, marcas e patentes, para todo tipo de produto, eletrodomésticos... Quer vender camiseta e diz que é assim que administra o legado. Não é por aí. A gente não quer vender sabonete. Tem minha imagem, minha música, um conceito e um valor ético embutidos. Vai ouvir o disco e depois volta", concluiu.